A fotógrafa de arte baseada em Londres, Katie Eleanor, ama sua imaginação. Como uma criança introvertida, ela começou a cultivar amigos imaginários e mundos de sonhos desde pequena, e em vez de descartar esses sonhos durante a adolescência, ela usou a fotografia para dar vida e eles. Quando ela se viu enfrentando uma doença mental com vinte e poucos anos, ela tirou de seu poço de inspiração o trabalho para se curar.
Katie descreve seu trabalho como um derivado de um mesmo mundo imaginário, populado pelos personagens que ela cresceu amando. Mas é o estilo etéreo e assombrante de suas imagens que captura a atenção de que as vê. “Minhas fotos são como contos visuais,” ela diz ao Weekly Flickr. “Eu sempre começo escrevendo uma história mesmo, e daí eu crio imagens para contar essa história.”
“Sou fortemente influenciada pela estética e pelo sentimento da fotografia do fim do século 19,” Katie explica. Ela se inspira no começo do movimento Pictorialista, que compreendia os primeiros esforços de empregar a fotografia como uma arte, em vez de um meio estritamente científico. Ela fotografa apenas em filme, revela as fotos em preto e branco, e colore pintando-as a mão. As imagens finais, coloridas artificialmente, trazem um visual de um século atrás, e o processo de pintura dá uma camada adicional de expressão artística ao processo.
Há um ano atrás, Katie foi diagnosticada com Transtorno de Personalidade Limítrofe, uma doença mental comum. O diagnóstico a deixou desorientada, assustada e brava. No meio de sua confusão, ela se virou para sua imaginação em busca de esperança, e mergulhou na ideia para sua mais recente série, entitulada Saint Wanderer’s Hospital.
“Saint Wanderer’s Hospital é sobre um hospital fictício onde criaturas de outro mundo vão se curar,” ela fala sobre o projeto, que inclui oito retratos e um curta-metragem, e que levou um ano para completar. “Apesar de não ser um lugar real, criar o Saint Wanderer’s Hospital foi uma forma de terapia de arte para mim, e foi uma cura incrível para mim.”
Se jogar no processo de criação da série não só deu a Katie o foco muito necessário que ela precisava em seu processo de cura, mas a deixou esperançosa por outros que sofram de doenças crônicas, sejam mentais ou físicas.
Seu conselho é simples. “Eu acho que motivação e vontade são muito importantes. Você precisa achar um motivo para querer se recuperar.” Para ela, isso quis dizer dar vida à sua imaginação e às suas histórias pela fotografia, mas seja o que for para outra pessoa, ela acredita no poder da motivação. “Se você tem [uma razão], eu acredito que você superará e sairá dessa bem.”
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